14.4.09

14 de abril




Hay fechas que se adjuntan grapadas con un alma especial en cada calendario, tal que al pasar la hoja del día de que hablamos, saliesen mariposas, llenando con su luz esquinas de nosotros que ya creíamos muertas. Mi abuela recordó, que fué feliz un día como hoy, en la calle, celebrando un deseo común: ¡Ganó la república, viva la libertad! y de que iba cogida de la mano de mi abuelo por las calles de Madrid. Yo le dije que quizá era por eso que estaba tan contenta y ella me dijo que por todo. Se cogen las manos por amor los amantes. Las manos de mi abuela, que siempre están en algo, tienen dedos torcidos, la piel tersa y muy fría, como si recubriera otra piel, de otro tiempo, más suya, se las mira y me mira cuando ve que las toco y tuerce un poco el gesto: que se le va a hacer ya...

.............................

9 comentarios:

  1. As mans é a única parte do corpo que nos recorda o paso do tempo a cada momento; as bolboretas, o breve e intensa que é a felicidade, como mans no ar, as mans dos outros que marcharon.

    ResponderEliminar
  2. Bueno... Tas invitada a un viño republicano, hoxe.

    ResponderEliminar
  3. Qué lujo es ese testimonio en el gesto de su abuela, Sr. Condado.

    Brindemos.


    (Y gracias por ese rinconcito pasajero, sin duda inmerecido). Mua.

    ResponderEliminar
  4. Si que es un lujo Ra, que disfruto. En casa, con las manos metidas en los bolsillos del mandil, mi madre nos canta coplas que agujerean el alma... Va un abrazo.

    ResponderEliminar
  5. Raismepartan! E non pensei que o da foto coa guitarra eras ti, así tan natural saudando ao público?

    ResponderEliminar
  6. Bueno, eu estaría un pouco mais ladeado, detrás dunha cortiña ou así...

    ResponderEliminar
  7. Só como um 'saludo', aqui vai um 'cariño' que Camela Parker deixou no meu blog, faz tempo, a propósito das mãos...
    ____________


    Entre as que batem castanholas andaluzes e as que seguram os pilões em África;
    entre as que açoitam e as que afagam;
    entre as sapudas calejadas e as eroticamente esbeltas;
    entre as que contam estórias e as que exprimem a história;
    entre as que tudo calam e as que algumas coisas ainda vão contando, há um cérebro que as comanda: e esse sim, é um fétiche para mim.
    Estranho fétiche, concordo.
    Não tropeçamos nele numa qualquer esquina, nem sequer o conseguimos tocar com delicadas e fabulosas mãos sempre que o quisermos. Mas ele torna-se avassalador quando funciona acima da média esperada.
    Quando nos avassala.
    E o que transmite a cada parte do corpo dá-lhe um corpo belíssimo, olhos mais profundos e transparentes, histórias mais verdadeiras para serem contadas, mãos mais sabedoras para exprimirem...
    Dá mãos às mãos.
    Ou asas…já não me lembro bem!
    _____________
    Un besito para tu abuelita
    Jonas

    ResponderEliminar
  8. Bueno, se vas aparecer por aquí e por alá non notaremos tanto a túa falta Jonás, gracias a ti e a Camela Parker. Mira, unha das cancións do meu corto ten aire andaluz, flamenco, non sabes ben como me serve este post. Estou absolutamente entregado á curtametraxe estes días, non dou apartado os ollos do papel/pel, recordas?. Un abrazo

    ResponderEliminar
  9. As mãos espelham a passagem do tempo, mais do que qualquer outra parte do corpo do ser humano. E não me estou a referir à quiromância, obviamente!

    Beijinhos!

    ResponderEliminar

                       De mi Banco de...              Para que no me olvi...              De Pancho Salmerón           ...